Todos
aqueles que estudam a realidade espiritual sabem que um ser humano interage
o tempo todo com outras faixas vibratórias e também com
outras mentes encarnadas e desencarnadas, nos vários planos de
vida em que elas habitam. Daí a razão dos comportamentos
distorcidos, das crises de violência, dos crimes, dos sintomas
e distúrbios não explicados.
Afirma
Ramatis que os portadores de mediunidade sofrem esta repercussão
de forma mais intensa. Por essa razão as pessoas devem desenvolver
sua meduinidade, para que possam ter um instrumento de harmonia e paz
a serviço delas masmas, e também para auxiliar os outros,
deixando de ser sofredforas e necessitadas, e tornando-se socorristas
conscientes.
Vejamos
o que diz o instrutor Ramatis sobre o assunto:
"Nas
lides com o plano astral, o medianeiro em muito é exigido. O
trabalho de caridade, medianímica, aos irmãos do lado
de cá, não se resume ao curto período em que ficais
no centro espírita. Como estamos na dimensão espaço-temporal
diferente da vossa, faz-se difícil exprimir em palavras que permitam
a interpretação e a plena compeensão no campo da
forma e de tempo em que estais inseridos. Um irmão sofredor,
que teve um desencarne abrupto, acidental, ao ser incorporado num médium
psicofônico, é desperto. O médium exsuda os fluídos
ectoplásmicos curadores específicos a este fim.Isto se
dá pela aproximação e envolvimento áurico
e fluídico.
Sendo
estes trabalhos em grupo, após este despertamento, como se fosse
um choque (choque anímico), este irmão se acopla para
psicofonar em outro médium. Precisa liberar os seus sentimentos,
cristalizados no seu campo mental. Pois a cena do seu desencarne, como
se fosse um filme com sensações, não cessa nunca,
repetindo-se ininterruptamente. Nesta comunicação, este
irmão sente-se como se ainda tivesse um corpo, não tendo
noção ainda que desencarnou e que está usando uma
organização anátomo fisiológica emprestada,
por caridade, para manifestar-se. Externado os seus sentimentos, desopilada
esta situação mental de desequilíbrio, a recuperação
tende a acontecer.
O
médium serviu como desafogador dos seus fluídos pesados.
Quando tiver permissão, contará a sua história,
através da fala ou da escrita, e irá para a estância
de refazimento, de acordo com seu merecimento e afinidade vibratória
energética. Muitas vezes, um dos médiuns que o atendeu
fica com uma espécie de repercussão vibratória,
até com algum desconforto. Isto é permitido para a sua
educação e amadurecimento. As sensações
e percepções que estavam cristalizadas no campo mental
e sensorial do irmão sofredor atendido, aumentadas sobremaneira
pelo fato de não ter mais um corpo físico, em verdadeiro
estado de dementação, imantam-se no perispírito
do medianeiro, que serve como verdadeiro exaustor ou filtro, aliviando
o irmão em tratamento.
Importante
observar que esta imantação nào repercute no físico
imediatamente. O médium fica com uma sensação de
mal-estar, que gradativamente, em decorrência de uma força
centrípeta, vai aumentando de intensidade, até repercurtir
no corpo físico e chegar-lhe na área consciencial. Em
médiuns de maior sensibilidade parsipiritual, é possível
ver-se e sentir-se toda a cena do desencarne do irmão socorrido.
Neste
ínterim, com todo mal-estar em repercussão, nosso medianeiro
tem que manter a sua vida de relação normalmente: trabalhar,
deslocar-se, assistir sua família, escutar os filhos e aqueles
que o procuram. E sabe que a mediunidade sempre está presente.
Quando é solicitado a compor grupo de socorro e incursão
no astral inferior, durante o sono físico, situações
que exigem desdobramento, equilíbrio e discernimento, estará
sempre de prontidão. O médium que não conhece a
si mesmo é um estranho lidando com variáveis ocultas aos
seus sentidos físicos.
A
prece é refrigério que desce do alto preservando-o nestes
momentos. O médium deve ter luz própria e brilhar no meio
da escuridào e das trevas. Não deve, em qualquer dificuldade,
correr e apoiar-se nos mentores, como se eles fossem bengalas, eternamente
disponíveis. As mesmas potencialidades que temos no astral dormitam
em cada um de nós encarnados. Andai com as vossas próprias
pernas, com fé e confiança, que cada vez mais vos fortalecereis.
Jesus,
o maior médium que estve entre vós, com toda a potencialidade
cósmica do Cristo, passou por todas as situações
provacionais, na maioria das vezes solitariamente, conforma a programática
da sua missão terrena. Suportou a tentação dos
magos negros, curou chagados, expulsou "demônios", foi
humilhado, agredido, negado e, no momento culminante da sua estada na
terra, assumiu para si toda a responsabilidade dos seus atos, aliviando
os apóstolos e seus seguidores perante o poder religioso do estado
romano estabelecido. Quando estava na cruz, no ápice do seu sofrimento
e no instante do desencarne, ainda falou: "Pai, perdoa-lhes porque
eles não sabem o que fazem".
Extraído
do Livro: Iniciação Apométrica - Terapêutica
Medianímica.
Autor: J. S. Godinho
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