Um
caso muito interessante foi de um paciente de 40 anos, sexo feminino,
três filhos e que há dois anos começou a apresentar
feridas por todo corpo. Até o momento que veio para atendimento
espiritual não tinha diagnóstico definido e nenhum tratamento
havia funcionado. Ao conversar com ela sobre o aparecimento dos sintomas,
ela referiu que sempre apresentou manchas na pele e que essas manchas
foram se alastrando e ganhando intensidade cromática na medida
em que os anos foram passando. Parece vitiligo. Não sabia informar
mais nada que pudesse nos ajudar na elaboração de alguma
idéia sobre a causa.
Como
sempre, ao abrir o campo de freqüência vibratória
de um paciente, fazemos, concomitantemente, a abertura aleatória
de uma página do Evangelho Segundo Espiritismo. Surpreendentemente,
o tema da página aberta foi "O Perdão das Ofensas."
Instada a informar se guardava mágoas ou ressentimentos de alguém,
informou de imediato que não. "Só da mãe",
mas que depois de alguns anos havia mandado uma cartinha perdoando-a.
Coincidentemente, a primeira incorporação foi de uma personalidade
odienta dizendo que jamais perdoaria aquela infeliz (a mãe) que
ousara, afrontosamente, dar-lhe um corpo físico! Que ela desejava
destruir imediatamente aquele corpo e também tinha certeza de
que ao realizar esse intento deixaria a mãe com profundos remorsos.
Desejava mesmo demonstrar para a mãe a extensão de seu
erro, queria que ela ficasse culpadíssima e horrorizada com o
que fez a ela, sua filha. Para isso, pretendia reduzir aquele corpo
físico a um monte de carnes apodrecidas. Quanto pior ficasse,
melhor. Tinha certeza de que quanto mais sofresse e ficasse deformada
mais a mãe se culparia. Queria que a mãe morresse de remorsos
e, se possível, que ela se suicidasse.
Falou
ainda um monte de impropérios e deu curso e vazão a um
rosário de lamentações descabidas, praguejou e
esbravejou contra a mãe, colocando uma torrente de ódio
em forma de palavras duras e ácidas. Para poder porsseguir com
o tratamento, tivemos que acalmar a personalidade incorporada, que influenciava
diretamente a consciência da persoanlidade atual, por ser um resgate
da atual encarnação. Interferia na personalidade física
consciente quanto nas demais personalidades dissociadas. Por seu poder
mental desenvolvido e localização na escala de ação
do ego, era um sério fator de complicação. Mais
calma e já nos dando a devida atenção, induzimos
a que ela entrasse em regressão de memória e relembrasse
encarnações passadas, onde praticara muitos erros. Relutou,
lutou, resistiu à regressão, mas foi forçada a
recuar no tempo e relembrar o passado.
Então,
viu, com surpresa, que ele, em várias encarnações,
tinha sido criatura muito cruel, carrasco da Santa Inquisição,
senhor feudal impiedoso que cozinhava em óleo fervente seus desafetos,
coronel de fazenda que mergulhava seus escravos rebeldes em tanques
de ácido, torturador insensível, etc. Percebeu também
que ele e a mãe haviam estado juntos em várias encarnações
e sempre um sofria nas mãos do outro. Não havia mais como
saber quem era o algoz e que era a vítima, tantas vezes se massacraram.
Da mesma forma tiveram muitas oportunidades de resgate e acerto desperdiçadas.
Quanto
um está no astral, obseda o outro e vice-versa. Ambos têm
sido inimigos impiedosos ao longo dos séculos, e agora isso deve
chegar ao fim, se houver o perdão recíproco e o entendimento
deliberado. Caso contrário, ambos podem ser exilados para planetas
primitivos, onde serão mergulhados em longo esquecimento para,
depois, recomeçar o aprendizado da fraternidade. Diante dessas
novas informações, já não se considerava
tão vítima daquela mulher que dizia ser mãe de
seu corpo físico (a personalidade apresentava-se na configuração
masculina). Na atual existência, a Lei Divina os situou como mãe
e filha. Ambas conseguiram algum progresso e melhoraram em alguma coisa.
A mãe progrediu um pouco mais. Foi marcado um novo atendimento
para 40 dias depois, mas a paciente não apareceu. Soubemos que
ela melhorou e "gostaria" de marcar novamente, mas nunca se
interessou em telefonar.
Extraído do Livro:
Iniciação Apométrica - Terapêutica Medianímica.
Autor: J. S. Godinho
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