Nesse
artigo são apresentados alguns dos riscos da projeção
da consciência para o projetor procurando esclarecer o que é
mito e o que é fato com relação a periculosidade
dessa experiência. Alguns casos são citados para exemplificar
a diversidade de situações com que se deparam os projetores.
Conclui-se, por fim, que os riscos da projeção consciente
são muito mais produto de desinformação e mistificação
do que fatos.
Introdução
Uma
das primeiras questões que vem a mente dos iniciantes em projeççao
da consciência é quanto aos possíveis perigos em
se realizar essa experiência. O desconhecimento do assunto faz
muitas pessoas afirmarem que a projeção apresenta riscos
inclusive para a vida do projetor. Em 1983, por exemplo, esse autor
ouviu de um amigo que este tentara fazer, certo dia, um experimento
com objetivo de ter uma experiência fora do corpo. Para tanto,
num dia em que estava sozinho em sua residência, deitou-se e pôs-se
a relaxar.
Decorrido algum tempo, sentiu-se já fora do corpo, pairando a
alguns centímetros do mesmo quando, subitamente, alguém
bateu a porta de sua residência provocando-lhe com isso uma violenta
repercussão seguida por uma rápida reinteriorização
no soma (1). Segundo esse amigo relatara na época, "por
pouco poderia ter perdido a vida nesse episódio".
Riscos
da Projeção Consciente
Hoje,
após muitos anos de estudos e experimentações e da popularização
das EFCs - Experiências Fora do Corpo - sabemos que a idéia
de que pode-se facilmente morrer ao se fazer uma projeção
consciente é equivocada. A reinteriorização súbita
não provoca mais do que um desconforto passageiro. Ao longo desse
tempo esse autor realizou intensa pesquisa bibliográfica assim
como questionou dezenas de projetores conscientes e, em todos os casos,
nunca foi possível identificar um único caso sequer em
que uma pessoa houvesse morrido devido a ter tido uma projeção
consciente. Isso não significa obviamente que a projeção
consciente não tenha seus riscos. Na realidade, todas as atividades
humanas envolvem algum tipo de risco: atravessar uma rua, tomar um táxi,
andar de bicicleta, trabalhar. Em todas essas atividades corremos risco
de sofrer alguma tipo de acidente mais ou menos grave. Com a projeção
da consciência não pode ser diferente.
Os
adeptos do humor negro certamente poderão afirmar que "quem
morreu ao se projetar conscientemente não voltou para contar....daí
a relativa ausência de relatos". Brincadeiras a parte, se
tal fosse verdade, haveria um histórico de projetores conscientes
que faleceu misteriosamente durante um experimento projetivo, ou que
amanheceram mortos em suas camas. Felizmente não existe nada
disso. Fora os riscos de vida, existem outros menos definitivos mas
igualmente dramáticos. Por exemplo, um projetor pode se defrontar
com consciências doentias fora do corpo, seja porque o projetor
movido por interesses pessoais invadiu o território dessas consciências
seja porque ele fez uma projeção assistencial. No primeiro
caso, ele poderá ficar a própria sorte e, quem sabe, levar
um assédio para casa. No segundo caso, sempre existem os amparadores
(2) para auxiliarem o projetor nessas ocasiões. O que pouca gente
sabe é que o nível de desenvoltura da imensa maioria dos
projetores conscientes exige o concurso de consciências extrafísicas
para monitorarem seus "vôos".
Assim
que saímos do corpo conscientemente, ou por outra, quando adquirimos
lucidez de que estamos fora do corpo, de alguma forma, os amparadores
ficam sabendo e, se já não estiverem por perto, chegam
rapidinho para evitar que façamos bobagens ou que venhamos a
nos meter em encrencas. Usando uma metáfora bastante atual, é
como se tivéssemos um chip implantado com o qual somos monitorados.
Quando ficamos conscientes fora do corpo, um alarme soa em algum lugar
lá no alto e um anjo da guarda já vem em nosso encalço.
Ao nos projetarmos, um poderoso laço energético, ocasionalmente
visível para o projetor, denominado cordão de prata, une
o corpo extrafísico da consciência projetada - o psicossoma
- ao corpo físico. Tão forte é a ação
desse cordão que, se um projetor mantiver-se muito próximo
ao próprio soma, ele é invariavelmente tracionado pelo
cordão para dentro do corpo físico. Alguns projetores
desavisados passam pela situação em que, estando fora
do corpo, mas ainda muito próximos a ele, demoram-se a se afastar
sendo puxados por traz, com certa força, para dentro do corpo.
Essa
sensação dá a impressão de que há
alguém puxando o projetor por traz, o que cria um conhecido relato:
"- sai fora do corpo e um obsessor tentou me pegar". Os adeptos
do humor negro novamente se fazem presentes com a já velha história
do obsessor (3) que possui uma enorme tesoura astral com a qual vai
cortar o cordão de prata de quem ousar ter uma projeção
consciente. Na realidade, o cordão de prata só se rompe
com a morte do corpo físico e, mesmo assim, é um processo
que, na maioria dos casos, leva vários dias para se completar
pois trata-se de uma ligação átomo a átomo
do corpo extrafísico com o corpo físico. Não obstante,
sob certas condições muito especiais, é possível
que repercussões extrafísicas sigam pelo cordão
e venham a acarretar malefícios para o soma. Para exemplificar
uma situação assim, Waldo Vieira, em diversas palestras
proferidas pelo Brasil nos anos 90, relatou um caso em que, fazendo
um resgate extrafísico de uma consciência aprisionada em
um antro de assediadores (3) , teria caído em uma armadilha onde
se viu imobilizado por um grupo de seis consciências extrafísicas,
todas experientes em mobilização de energia.
Acuado,
tamanha era a agressividade do ataque que sofria, que Waldo pensou que
a repercussão que seria causada em seu corpo levaria este a morte.
Quando tudo parecia perdido, um amparador, invisível a todos,
ativou um centro energético na paracabeça (4) de Waldo
que, ato contínuo, como que instintivamente, retirou das profundezas
da memória, um mantra (5) muito especial que ele usara em remota
vida anterior e que nessa vida ele nem sequer desconfiava que existia.
Ao proferir esse mantra, o grupo de assediadores sofreu tamanho impacto
energético que foi atirado longe e Waldo pode retornar ao seu
corpo físico. Essa situação nos remete a outra
questão: Se os amparadores estão sempre por perto quando
estamos projetados conscientemente, o mesmo ocorre quando estamos projetados
de forma inconsciente? Como se sabe, todas as pessoas tem projeções
inconscientes quando dormem, situando-se geralmente, bem próximas
ao soma.
Nessa
situação elas tem sonhos e pesadelos além da própria
inconsciência do sono. Quando nos manifestamos mais ativamente
nesse estado, temos projeções semi-conscientes, misturando
onirismo e realidade. Nessas situações, o concurso dos
amparadores, embora possa ocorrer, não é tão necessário
pois estamos sob ação de nossos instintos que, moldados
ao longo de milhares de existências, são bastante eficientes
em nos proteger, provocando, por exemplo, a volta imediata ao corpo
físico. Projetores que dispensam amparo existem mas ainda são
muito raros. Um dia, contudo, todos chegaremos invariavelmente a essa
condição.
Conclusão
A
projeção consciente é inerente a todos os seres
humanos, presente desde tempos imemoriais em nossa cultura, mascarada
sob a forma de sonhos, alucinações, devaneios ou outros
estados alterados de consciência. Trata-se de um fenômeno
fisiológico (ou para-fisiológico) que, como tal, não
traz, por si só riscos a vida do projetor. Situações
de risco estão presentes em todas as atividades humanas, inclusive
durante uma projeção consciente, mas, de um modo geral,
percebesse que, devido ao desconhecimento, tende-se a mistificar sobre
as possíveis conseqüências das projeções
para o bem estar dos experimentadores.
(1)
Soma: O corpo físico.
(2) Amparadores: Consciências extrafísicas que assistem
as projeções conscientes.
(3) Obssessores / Assediadores: Consciências extrafísicas
doentias com graus variados de lucidez.
(4) Paracabeça: A cabeça do psicossoma - o corpo extrafísico.
(5) Mantra: Literalmente "instrumento para conduzir o pensamento".
Uma
série de sílabas ou fonemas que, entoados mental ou verbalmente,
invocam certo tipo de energias associadas aquela sequência de
fonemas.
Referências
Bibliográficas
BORGES,
W. E. Viagem espiritual II. 1ª Edição. Londrina,
Paraná. Ed. Universalista. 1995.
Cesar de Souza Machado - Brasília
/ DF
SPEC - Sociedade para Pesquisa e Expansão da Consciência
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